MED não quer dizer Música e Diversão como indica o título deste post, mas bem que podia ser! Ms. Brown, mais uma vez, foi a este Festival de Músicas do Mundo que anualmente se realiza na cidade de Loulé, uma cidade de gentes simples, simpáticas e grandes anfitriãs! Ms. Brown já se sente em casa sempre que ruma a Loulé, tal a recepção que tem, para além dos amigos que já fez.
Apesar da crise, o cartaz do Festival MED prometia e cumpriu - foi um grande Festival. Apostando mais na "prata da casa", nomes como Sean Riley & The Slowriders, Luísa Sobra, Batida, Noiserv ou Frankie Chavez (só para mencionar os concertos que Ms. Brown assistiu) sobressaíram do cartaz. Outros nomes nacionais tocaram (e possivelmente encantaram) no Festival mas cujos concertos Ms. Brown não conseguiu assistir. Nomes como Márcia, Nuno Rancho, Amar Guitarra Duo, Migna Mala, Lula Pena (pela segunda vez Ms. Brown falha o seu concerto!), Nobre Ventura, Quartetum, António Zambujo, Eroscópio, Marrokan, Godai Project, Toca Tintas, Josué Nunes, Muda As Maria, Os Golpes, Al Mouraria, Orquestra do Algarve, The Soaked Lamb, Caldas Hand Saw Massacre, Clube Conguito, César Matoso, Carla Pontes e Jefferson Mello, Pinto Ferreira, Tâmara, Orginal Electro Groove e FunkyBoysGroove.
Definitivamente, o MED virou-se para dentro e para os grandes nomes de músicos e de grupos de músicos que vão pespontando no panorama nacional. E, definitivamente, foi uma aposta ganha! O MED não perdeu assistência; Ms. Brown crê que até ganhou mais comparativamente com o ano passado. O que indica como este Festival começa a fazer parte da rota dos festivais nacionais de música no período de Verão.
Ms. Brown saiu directa do seu trabalho em Lisboa na 4ª feira para o MED. Lá chegada, já a horas bem avançadas, assistiu ao último concerto do dia, de Muchachito Bombo Infierno, um grupo basco com uma música electrizante e dançante, que tinha a particularidade de ter entre os músicos um artista que pintou um "mini-mural" (magnífico por sinal) enquanto o concerto decorria (aliás o concerto só terminou quando a pintura acabou!). Nada mau para o 1º dia, mesmo com a frustração de ter perdido o concerto de Lula Pena.
No 2º dia, Ms. Brown destaca dois grandes concertos, totalmente opostos no estilo, mas muito bem conseguidos: (i) Sean Riley e os seus Slowriders foram estupendos. A sua musicalidade e as letras revelam um grupo português maduro e com possibilidades de singrar no estrangeiro; (ii) Seun Kuti & Egypt80, vindos directamente da Nigéria que com sons funk e africanos puseram o público a vibrar.
No 3º dia, foram 3 os concertos que captaram a atenção de Ms. Brown. O 1º de Luísa Sobral que, acompanhada de 3 músicos, cantou, tocou inúmeras violas e guitarras, contra-baixo, interagiu com o público, enfim, one woman show! Grande voz e as suas músicas são fantásticas. Infelizmente, por causa da sobreposição de horários, Ms. Brown não viu o concerto até ao fim, e ainda bem, porque, dali foi para um dos, se não o melhor, concerto do MED, com George Clinton &Parliament/Funkadelic. Que concerto! Ritmos funks, tipo anos 70, muitos músicos e performers em palco, que dançavam, cantavam, actuavam, tudo sob a batuta de um grande George Clinton, músico já de alguma idade, mas genial! Um espectáculo inigualável. Mas, como se não bastasse este espectáculo de luz, cor, música e dança, para fechar a noite, o MED tinha reservado "Batida"! Ms. Brown já tinha assistido a um concerto deste grupo luso-angolano no Superbock em Stock, no mês de Dezembro, em Lisboa, e por isso já não foi surpreendida pela loucura de concerto, mas às primeiras batidas de kuduro electrónico, o seu corpo não mais parou e foi dançar até ao final do concerto. Uma grande noite, sem dúvida!
No último dia, Ms. Brown assistiu a um concerto (calmo) de Frankie Chavez que é português e tem um estilo muito semelhante ao de Jack Johnson ou Ben Harper (toca a viola da mesma forma que este músico), e não pareceu trazer nada de novo para o festival. Talvez porque fosse início da noite, talvez porque ao fim de 3 noites o cansaço já fosse grande, Ms. Brown não ficou fã. Mas, já gostou e dançou ao som da música cigana de Balkan Brass Battle que integra a banda da família Boban e Marko Markovic e a já bem conhecida banda Fanfare Ciocarlia. Os sons dos trompetes e saxofones, a música muito ao estilo de Kusturika, uma música alegre, tiraram Ms. Brown do seu torpor e fizeram-na dançar. A encerrar a noite (de Ms. Brown), o concerto dos Afrocubism que alia músicos do Mali e de Cuba. Naturalmente, uma música dançante à qual Ms. Brown não ficou indiferente.
Por fim, de se assinalar que o espaço do MED, no centro histórico de Loulé está muito bem conseguido e faz com que as pessoas conheçam esta parte da cidade, pois os palcos estão divididos entre vários pontos que obrigam os festivaleiros a andar de um lado para o outro, por ruas de calçada antiga, propensas a lesões nos pés, coloridas com arte de rua e as barracas de artesanato, típicas deste tipo de festivais. Com o decorrer dos anos o MED está mais organizado, e não se viram as confusões que existem noutros festivais. Quem levou carro tinha estacionamento nas imediações, não havia filas para a compra dos bilhetes, ou para as comidas (e por filas entenda-se enormes filas...há sempre fila mas nada de extraordinário).
Loulé está de parabéns e Ms. Brown só espera que o MED dure no tempo e que consiga renovar-se todos os anos mostrando os vários tipos de música, gastronomia, arte e cultura que existem no mundo. Até para o ano MED...