O Blog da Escorregadela intelectual (versão 2.0)

30
Abr 09

Com a crise económica cada vez mais instalada no mundo, as grande marcas mundiais apostam na criatividade e pensam alterar os seus logos.

Deixo-vos algumas das propostas:

 

               

 

 

     

 

 

        

Mr. Hellmanns às 15:40

29
Abr 09

Se a moda pega, em tempo de crise, as assembleias gerais das empresas portuguesas vão passar a ser mais animadas...

Depois de um jornalista iraquiano ter aberto o precedente a lançar sapatos em protesto contra o George W. Bush, a moda de atirar sapatos em protesto chegou à assembleia geral do Fortis, na Bélgica. Convém lembrar que o Fortis é o segundo maior accionista do BCP... O presidente do banco, além dos sapatos, ia ainda levando com uma máquina de votos em cima.

Para que a história não fique esquecida, o momento foi captado pela BBC e o Viajar partilha-o aqui.

Mr. Heinz às 12:28

27
Abr 09

"Para mim o 25 de Abril tem um significado especial, simplesmente porque se não fosse pela Revolução dos Cravos eu provavelmente não existiria. O meu pai (soube-o depois), estava na "lista de espera" da PIDE para ser preso no dia 1 de Maio de 1974. Ora, como nasci em 76... é uma questão de fazer as contas.

O meu pai escreveu em vários jornais usando pseudónimos, tinha um processo grande na PIDE, distribuiu panfletos na clandestinidade, lutou pela liberdade! Por isso, sou-lhe grata. Por isso agradeço a todos os combatentes pela liberdade. Por isso vivo sempre com emoção o 25 de Abril. Por isso sou defensora dos ideais de Abril cantados por Zeca, Sérgio, Zé Mário Branco, lidos e escritos por Ary dos Santos, Manuel Alegre... Hoje em dia não se dá grande valor à Liberdade, não foi preciso conquistá-la, não foi preciso morrer gente para a ter. Os jovens de hoje já nascem com ela, ou pensam que a têm. Prezo a Liberdade, prezo esta sensação única de poder escrever o que penso, de dizer o que sinto, de enfrentar o poder nas urnas, nas manifestações. Churchill disse que a Democracia é o pior sistema, para além de todos os outros sistemas. Tinha razão, mas é o mais perfeito dos imperfeitos, é o que permite eu dizer que "voto" e outra pessoa dizer que "não voto porque não me apetece"... Para sempre o 25 de Abril deverá perpetuar na nossa memória, não pode ser só parte do curriculum escolar, deve ser todos os dias relembrado e também o porquê de ter acontecido, o que vem de trás, deve falar-se de Peniche, deve falar-se do Tarrafal, deve falar-se da António Maria Cardoso, deve falar-se da Censura, da perseguição política, para que se entenda porque é que se deu o 25 de Abril. Os jovens têm de o saber. 25 de ABRIL SEMPRE! FASCISMO NUNCA MAIS!"
 

Texto de SSF (porque este merece sair da discreta janela dos comentários...)

Mr. White às 19:32

Pois parece o nº do dia é o

20.000

Obrigado a todos os viajantes, vamos procurar manter a maionese fresquinha ;)

Mr. White às 18:55

A 27 de Abril de 1974, Francisco Pinto Balsemão começa a preparar mais uma edição do EXPRESSO. No momento de escrever o editorial apercebe-se que o texto que se prepara para escrever não será sujeito à censura, que pode escrever o que quiser e... responsabilizar-se por isso. Que sensações indescritíveis devem ter sido aquelas vividas nesses dias pelos jornalistas que viveram durante dezenas de anos a esquivarem-se à comissão de censura e ao odioso lápis azul.

A Visão da semana passada relembrou-nos de forma brilhante as imposições, primeiro de Salazar e depois de Marcelo Caetano, contra a liberdade de expressão, do pensamento e do direito de informar e de ser informado. Presenteou os leitores com uma "edição censurada" cheia de páginas riscadas e de carimbos. Em pelo menos metade da revista encontramos "Visado pela censura", "Autorizado com corte", "cortado", "suspenso", "autorizado parcialmente", "proibido", "demorado". Acabou há 34 anos atrás. Mudou o burgo para sempre.

Mr. White às 18:19

No dia em que o VM ultrapassou as 20.000 visitas e porque a música é uma das muitas paixões deste viajante, deixo-vos um link para se deliciarem com os maiores êxitos musicais de 1904 a 2003: são cem anos de sucessos!

http://www.planetarei.com.br/100anos/index.htm

Pela intenção e trabalho de compilação, o VM atribui:

Mr. Hellmanns às 17:13

24
Abr 09

Desde sempre que ouvimos dizer que "todos merecem uma oportunidade" e que o Sol quando nasce é para todos!

Se assim fosse, este cartaz, ao contrário do original, estaria simplesmente genial!!!

Mr. Hellmanns às 16:50

O novo jornal diário que está para chegar às bancas já colocou a sua campanha no ar. O i , de informação, vai lançar o número um no dia 7 de Maio, pretende ser um jornal diferente, "bem focado", e que concorre com o Diário de Notícias ou o Público.

Com o lema Num instante tudo muda, a campanha começou há uns dias com um simples teaser nas televisões nacionais. Ontem arrancaram os anúncios, quatro, que já marcam a diferença do projecto, pelo que o Viajar os apresenta aqui. Enjoy. 

Mr. Heinz às 12:36

23
Abr 09

No dia do livro, o VM prepara-se para acabar de ler "O Confessor" de Daniel Silva, autor de diversos blockbusters nos states. E perguntam os viajantes: "Mas quem é esse escritor, de nome português, que está constantemente no primeiro lugar do ranking do New York Times?" Pois que é uma boa pergunta. Ao que parece, o senhor é filho de açorianos, ou seja, é mais um luso-descendente que tem passado ao lado do burgo, foi jornalista de guerra e agora dedica-se ao negócio da literatura. A Bertrand decidiu investir na tradução da sua obra (não sei bem a partir de quando, o VM só deu pela existência do senhor em Fevereiro) e, assim do nada, inundou o mercado com a sua obra.

 

O Mr. tomou conhecimento da existência deste autor devido à posição cimeira do "Assassino Inglês" no ranking da Fnac. Como não tinha nada para ler, o VM decidiu comprar o livro.  Infelizmente, o mesmo ranking também deu a conhecer "O Vendedor de Sonhos", de Augusto Cury. Enquanto que o primeiro foi uma agradável surpresa, um romance/policial com um fundo de história e acção qb, o segundo foi uma provação a que o Mr. não resistiu acabando por desistir logo ao passar das primeiras páginas. O que é que isto diz aos viajantes? Que não devem levar demasiadamente a sério os rankings. Figuram obras de qualidade, é certo, mas também lá anda o puro lixo...

 

Mas voltando a Daniel Silva, a pouco mais de 30 páginas do fim (cada livro dele tem uma média de 350 páginas) é já seguro dizer que "O Confessor" é bem catita. Centra-se no personagem de Gabriel Allon, um ex-agente da secreta isrealista que é agora um restaurador de arte. Bem ao jeito de Dan Brown, mete a Crux Vera, uma ordem secreta dentro do Vaticano, uma conspiração que vem desde a 2ª Guerra Mundial, mete o holocausto, a relação cristãos/judeus, mete assassinos e tiros. É um livro fácil e divertido que leva com o selo de qualidade do VM. Nota: para quem estiver interessado, o "Assassino Inglês" antecede "O Confessor" e é o livro perfeito para o viajante que se quiser iniciar na obra deste novo John Le Carré.

 

O Assassino Inglês leva:

 

"O Confessor" leva:

 

Bom dia do livro e boas leituras. E já agora, o que anda o viajante a ler?

Mr. White às 17:32

21
Abr 09

Napster, Kazaa, Grokster e agora o Pirate Bay. Com a multiplicação das plataformas P2P ou Peer To Peer,  a indústria do entretenimento em geral e a indústria discográfica em particular, têm feito de tudo para travar os sites que permitem o download das últimas novidades. As grandes corporações acusam os sistemas de partilha livre de ficheiros na internet de estarem a prejudicar seriamente o negócio e de violarem, até à exaustão, os direitos de autor.

 

Na Suécia, os autores do Pirate bay, site conhecido como o maior tracker de bittorrent do mundo (tem qualquer coisa como 22 milhões de utilizadores), foram condenados a um ano de prisão e a pagar indemnizações no valor de cerca de 3,5 milhões de dólares. Para já o site continua online, os autores continuam em liberdade e preparam o recurso à sentença. As perspectivas não parecem animadoras. Em Portugal também já se registou uma baixa de peso, o BTuga.

 

O VM não vai discutir a questão dos direitos de autor, a legitimidade destes sites ou a origem dos ficheiros (que permitem situações inacreditáveis como o visionamento de filmes antes da sua estreia ou o download de álbuns que ainda não se encontram no mercado). O VM vai no entanto opinar sobre a inflexibilidade que a indústria discográfica tem revelado ao nível de produto e de oferta de mercado.

"Wolverine" ainda nao estreou mas já circula na net incompleto. Deixou a editora de garras de fora... 

 

Temos assistido nos últimos tempos à redução cíclica do preço de filmes e jogos, à reinvenção dos produtos através dos famosos pacotes (leve 2 pague 1, nice price, "compre este e ganhe um desconto de x", "a obra completa de...", etc). Tem sido graças a este dinâmica de mercado que este Mr. tem enriquecido  a sua dvdteca e a sua prateleira de jogos. No campo da música, tudo se mantém mais ou menos na mesma. Vão saindo umas caixas de coleccionador, uns packs CD + DVD e pouco mais. A reinvenção dos produtos tem essencialmente resultado em produtos premium e, obviamente, mais caros, o que afasta muitos dos potenciais compradores.

 

Ironicamente, tem sido graças à tecnologia que a Indústria Discográfica tem recuperado da quebra de vendas. A venda de mp3 tem mexido com as coisas, a música e os serviços associados nos telemóveis,  ipod´s e afins tem gerado cada vez mais clientes e fez nascer um novo segmento de mercado. E como cada um defende os seus interesses, o VM deixa a óbvia questão: quando é que a indústria vai baixar o preço dos CD`s? Preocupem-se com isso e não com os processos. Saímos todos a ganhar...

Mr. White às 16:47

20
Abr 09

Já aí anda o novo trailer do Harry Potter legendado em português. E que bom aspecto que tem... (obrigado Cineblog ;)

Também saída do Universo Potteriano, surgiu esta semana a nova professora de canto de Hogwarts,a escocesa Susan Boyle. Surpreendeu o mundo dos muggles com uma actuação espantosa. Porque uma boa dose de magia é sempre saudável... (actuacção aqui)
Mr. White às 12:28

17
Abr 09

Como será que se reza ao deus Yoda? Essa é a pergunta a que pelo menos dez agentes da polícia escocesa, mais precisamente do grupo especial de Strathclyde, nos podem responder.

Isto, porque estes dez agentes declararam oficialmente que seguem a religião Jedi!! Sim, é verdade que há malucos para tudo, mas a coisa pode ter uma dimensão ainda maior do que parece.

Em Inglaterra e País de Gales há já cerca de 390 MIL pessoas que dizem professar a religião Jedi, além dos 14 mil escoceses que também o fazem!

A religião em causa foi criada há cerca de um ano pelos irmãos Barney e Daniel Jones e está mesmo reconhecida pelo Gabinete Nacional de Estatística britânico, se bem que incluída no grupo dos ateus. A filosofia/religião assentará nos mesmos pilares lançados por George Lucas: A Força, o sabre de luz e as técnicas de meditação.

O Viajar ainda não sabe é onde se pode comprar uma dessas maravilhas que será um sabrezito de luz.

"Esta deve ser a única religião com um deus verde"

 

Mr. Heinz às 15:37

16
Abr 09

A história da vila piscatória, turística e soalheira de Cascais dos últimos anos não pode ser feita sem se fazer referência a um homem que abriu, na praia do Tamariz, no dia 26 de Agosto de 1949, a primeira geladaria à qual deu o seu apelido: SANTINI!

Durante anos, gerações de Cascalenses, Portugueses, turistas, Reis e Príncipes de toda a Europa deliciaram-se com os sabores dos seus gelados, acompanhados ou não pela bolacha estaladiça que lhes serve de cone! Só a titulo meramente exemplificativo, os gelados Santini serviram a residência do Estoril da Casa Real Italiana e forneceu os gelados para a festa de casamento da Infanta Margarida Borbón.

No dia 08 de Setembro de 1971, depois do encerramento da loja do Tamariz, abre a loja Santini na Avenida Valbom, bem no centro histórico de Cascais, onde ainda hoje permanece e…..

 

….no mês de Abril de 2009, como que se de uma prenda antecipada se tratasse pelos 60 anos de vida, a família Santini vendeu o negócio de quase 3 gerações, aos empresários Filipe Botton e Alexandre Relvas!

Mesmo com as garantias contratuais de que a família Santini continuará a produzir o “néctar” gelado com todos os padrões de excelência reconhecidos e a dupla Botton/Relvas tratará “apenas” da sua comercialização, este mister, Cascalense de gema e com Santini no sangue (de tantos que já degustou e devorou!), fica triste e apreensivo!

Em 1949, um cone custava 1$50! Quanto valerá hoje esse mesmo cone em termos mercantis e capitalistas? Quantas lojas, por este país fora serão necessárias abrir para rentabilizar o investimento e ainda obter lucro, em nome da tal comercialização!?

Sou um acérrimo defensor da liberdade de mercado e da livre iniciativa privada, mas também sei que quando um negócio, seja ele qual for, se mercantiliza e generaliza desta forma, raras são as excepções em que não perde qualidade na exacta proporção da quantidade de oferta. Espero profundamente que o tempo não me venha dar razão!

Há uns anos defendi que o Município de Cascais deveria atribuir aos gelados Santini o Estatuto de Património de Interesse Municipal! Se assim tivesse sido feito, talvez hoje a história Santini e de Cascais se escrevesse doutra forma….

Só me resta aproveitar e devorar todas as bolas de morango com limão, cuidadosamente “depositadas” no cone de bolacha verdadeira que o meu estômago conseguir aguentar e manter congelados uns bons quilos deste gelado, não vá daqui a uns anos ser uma raridade e ser esta a única forma de garantir que os meus netos conseguem, um dia, saborear as minhas recordações….

Mr. Hellmanns às 15:58

15
Abr 09

Os americanos têm um novo presidente, apenas com três meses de uso. Depois de oitos anos de Bush, Obama foi elevado quase ao estatuto de herói nacional (americano, claro) e agora que já ocupa a Casa Branca, os americanos não sabem bem o que hão-de fazer para manter ou acabar de vez com o estatuto.

Quase ao mesmo tempo surgiram duas mostras de como do lado de lá do atlântico estão a lidar com o senhor.

Os americanos criaram uma banda desenhada em que Barack Obama é transformado num herói que deverá certamente ultrapassar o lendário Conan! Assim, temos um musculado Barack, The Barbarian, que tem de lutar contra uma vilã claramente inspirada na sua inimiga  e "única" Sarah Palin!

 

Ao mesmo tempo, e numa análise talvez mais política, as televisões americanas dedicam-se a analisar os gestos diplomáticos do seu presidente. No caso, as vénias que Obama fez à rainha de Inglaterra e ao rei Saudita. A crise parece já estar fora de moda nos terrenos do Tio Sam...

Mr. Heinz às 10:52

14
Abr 09

Há coisa de duas semanas o Viajar foi ver o filme Che, de Steven Soderbergh, ao Fórum de Aveiro. Atrasado e com pouca paciência para escolher os lugares, o Viajar correu destemido, com a sua Miss, para uns lugares pouco simpáticos de fim de fila, mesmo ao lado de um casal acabadinho de chegar da faina. O Sr., que futuramente será referido como o CFA (Cretino do Fórum de Aveiro), tinha o famoso bigode português, face rosada, barriga proeminente qb e... tresandava. Dado o inesperado brinde, o Viajar resolveu trocar de lugar assim que o filme começou. Pensou ingenuamente "problema resolvido". Infelizmente, o filme dentro do filme estava apenas a começar. Um breve relato:

 

Durante todo o filme - CFA explica em voz alta à mulher o que está a acontecer e comenta as suas cenas preferidas;

Aos 30 e aos 90 minutos - CFA emite um estranho barulho equivalente a alguém a comer e a cuspir pedives para o chão;

Aos 103 minutos - CFA solta um "É mesmo estúpido!" quando um guerrilheiro  é morto ao sair do seu esconderijo; 

Aos 120 minutos - CFA ressona descomplexadamente durante largos minutos, a sua mulher não o acorda;

Aos 125 minutos - CFA acorda e arrota sonoramente. Dá-lhe a fome e volta a atacar as pevides;

Aos 126 minutos - O filme acaba. CFA  faz um breve balanço do filme à mulher que parece não ter percebido grande coisa.

 

No meio destas pérolas, o CFA só não escreveu história porque em momento algum esteve ao telemóvel. Fora isso, bateu diversos recordes em matéria de comportamento cívico em espaço público. Enfim, o CFA parecia mesmo um personagem acabadinho de saír de um desenho dos molicieros... 

 

E já que este post incide sobre a zona de Aveiro, uma nota positiva para os ovos moles: a Comissão Europeia incluiu, esta terça-feira, os ovos moles de Aveiro na lista de produtos agrícolas e alimentares com a denominação de Indicação Geográfica Protegida (IGP), passando assim esta especialidade portuguesa a estar protegida pela legislação comunitária. Os ovos moles de Aveiro são o primeiro produto português de padaria/confeitaria ao qual é atribuído uma protecção no âmbito da legislação da UE relativa à protecção das indicações geográficas e das denominações de origem dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios. Os parabéns do staff VM, os Mrs. são grandes entusiastas desta iguaria.

Mr. White às 17:19

13
Abr 09

Aqui está uma sátira humorística feita à medida.... só falta saber em que cabeças caberá este "barrete"?!

O Viajar tem a certeza que serão muitas! Muitas mesmo!!!

Mr. Hellmanns às 17:29

E vai seguir em tribunal a dança do medicamento genérico vs medicamento de marca… Dada a baralhação e, sim, o medo, muito medo, de provocar em mim um qualquer efeito medicamentoso não esperado, numa inocente toma de um medicamento para a dor de dentes, decidi investigar.

Medicamento genérico é um medicamento apresentado pelo seu nome científico, com a mesma substância activa, igual forma farmacêutica e igual dosagem, obedecendo à mesma indicação e surtindo igual efeito terapêutico que o seu equivalente medicamento de marca; por não ter de suportar todos os (muitos) custos de pesquisa e desenvolvimento, surge no mercado com um preço significativamente reduzido face ao medicamento original; tem no entanto, que apresentar, junto da entidade reguladora estatal do medicamento e da farmácia (em Portugal, o INFARMED), estudos científicos que provem, inequivocamente, igual eficácia terapêutica, igual qualidade e a mesma segurança e, só assim, será, classificado oficial e tecnicamente como MG (Medicamento Genérico), como define o DL n.º 242/2000 dix it. Claro para todos? Parece-me bem que sim. Vamos então tomar MG!

Mas então, porquê sentá-lo no banco dos réus?

Pelo que me é dado a ler/ouvir, tem qualquer coisa a ver com uma guerra entre médicos e farmacêuticos. Os primeiros Dr.s., mostram uma enorme falta de coerência, para não dizer mais, já que, em ambiente hospitalar, onde são empregados do mesmo Estado que certifica a qualidade e eficácia dos MG, prescrevem medicamentos genéricos aos utentes que acompanham e fazem-no com enorme profissionalismo; o mesmo profissionalismo com que, depois na privada acompanham os seus utentes, mas aqui introduzindo forçosamente terapêuticas de marca, isto porque, porque…

Os segundos Dr.s. porque não tendo qualquer voz activa (limitando-se para já a despachar receitas), deixam o seu visionário homem do leme (que de cordeiro não tem nada) assumir posições em nome de todos, que embora até tenham valor cívico, cheiram a esturro, têm uma total falta de oportunidade, pecando mesmo por excesso (o Ministério da Saúde acusa a Associação Nacional das Farmácias de “incitar à desobediência civil” e tem toda a razão).

E porque razão o Ministério da Saúde não decide finalmente cumprir, legislando, o que assinou no protocolo do “Compromisso para a Saúde”, que afinal não foi mais do que uma meia-medida (uma no cravo e outra na ferradura, para ir estando a bem com todas as frentes, não é Sr.ª Ministra? Por um lado sorrisos para os farmacêuticos e tomem lá medicamentos genéricos com maior margem de comercialização; por outro lado festinhas nos médicos e fiquem descansados que podem manter os vossos rentáveis hábitos de prescrição – note-se que não tomo a parte pelo todo).

Mas como? Como acontece de uma forma generalizada pelo Mundo, em países com coluna dorsal bem recta. Isto é, legislar no sentido que o médico deverá, em qualquer circunstância, deixar as “marcas” de lado e prescrever, sempre, por nome científico (a tal DCI = Denominação Comum Internacional) e assim ser o utente, devida e tecnicamente informado junto do seu farmacêutico, a fazer a sua escolha entre pagar, pelo mesmo, mais ou menos.

Com isto teremos eficácia, qualidade e segurança, que, curiosamente, são os pilares do Réu: Medicamento Genérico.

“Mas que mal fizemos nós a esta gente?”

 

Mr. Hellmanns às 12:16

09
Abr 09

Antes de ir de fim-de-semana prolongado, o Viajar queria deixar qualquer coisa relacionada com coelhos, ovos ou afins. O mais perto que conseguiu foi este vídeo fantástico com ovelhas e leds. Chama-se extreme sheepherding, o resultado é qualquer coisa de genial...

Boa Páscoa!

Mr. White às 16:12

08
Abr 09

E eis que quando todos pensavam que em Itália restava aplicar a velha máxima do nosso Marquês de Pombal, o sr. silvio berlusconi resolve traduzir um sismo que causou qualquer coisa como 275 mortos e mais de 17000 desalojados a um simples fim-de-semana num parque de campismo!

"É claro que os actuais abrigos são totalmente provisórios, mas por isso mesmo, é preciso encarar a situação como um acampamento de fim-de-semana". Sim, a frase é do primeiro-ministro italiano, do presidente do AC Milan, do dono de vários canais de televisão e por aí fora.

O sr. disse ainda que "é claro" que as tendas são provisórias, porque a solução definitiva serão os hotéis.

Um upgrade, portanto!!....

"As tendas são só para o fim-de-semana, pessoal. Não se habituem!"

Mr. Heinz às 15:40

06
Abr 09

O Viajar confirmou ontem aquilo que, no fundo, já sabia. Cá no burgo existem os desgraçados dos contribuintes e depois... bom, depois existem os deputados. O contribuinte quando está doente vê-se à rasca porque tem de justificar a falta no trabalho, tem de apresentar um atestado médico para que ninguém tenha dúvidas do seu verdadeiro estado, tem sempre de apresentar um documento para justificar uma ausência. O deputado, esse exemplo de cidadão, essa semidivindade, viu ser aprovada na semana passada uma resolução que determina que, em matéria de faltas, "a palavra do deputado faz fé, não carecendo de comprovativos adicionais". Esta brilhante resolução estabelece ainda que um atestado pode ser exigido ao deputado caso este se ausente por mais de uma semana.

Na Páscoa de 2006, qualquer coisa como 120 dos 230 deputados faltaram e não houve quórum para votações. Apesar das ausências, a maioria assinou o livro de presenças no início da sessão. Na altura o viajar pensou, "que vergonha, vão de certeza mudar o regime de faltas...".  

Em Dezembro do ano passado, a suspensão do modelo de avaliação do desempenho dos professores do governo só não foi aprovada porque faltaram 35 deputados da oposição. O Viajar voltou aos seus pensamentos "é desta, é desta que os vão meter na ordem...". 

E foi, lá se mudaram as regras. O resultado: um regime incrivelmente permissivo. Com ou sem fé, é caso para dizer... oremos caros Viajantes.

 

Os deputados devem sempre ser o exemplo, não a excepção.

Mr. White às 16:05

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