Go on, indulge yourself, that's
right, kick off your shoes, put your feet up, lean
back and just enjoy the melodies….
Sim, caro Viajante, relaxe. O post promete ser longo. O Viajar foi recentemente “intimado” a uma nova série de viagens gastronómicas ao oriente, mais precisamente ao Japão e ainda mais precisamente, ao sushi.
Antes de entrarmos na viagem gastronómica, convidamos os viajantes a regressar no tempo às origens da iguaria que tanto está na moda.
Antes de mais, o sushi é um tipo de comida fortemente associado a tradições e costumes nipónicos. O engraçado num jantar japonês passa exactamente por seguir os hábitos nipónicos, junto dos amigos, num ambiente de tertúlia, devidamente acompanhada de saké (vinho japonês à base de arroz).
A história do sushi
A origem do sushi esteve na necessidade de conservar o peixe fresco, algures no século IV a. C.. Com camadas de arroz avinagrado a cobrirem o peixe, este conservava-se durante períodos longos e era ainda possível transportá-lo da costa do Japão para o interior do País, num sushi prensado, bem diferente dos rolos mais conhecidos hoje em dia. Mas esta forma de sushi, o prensado, continua a exisitir.
A história do sushi conta ainda que os imperadores japoneses recebiam peixe conservado desta forma. Foi já nos séculos XVII e XIX que o sushi começou a ser consumido como o conhecemos. Antes que o peixe fermentasse e com o arroz avinagrado. A origem da palavra combina exactamente esses dois elementos: vinagre (su) e arroz (meshi).
No início do século XIX, na cidade de Edo, hoje conhecida como Tóquio, tornaram-se populares umas barraquinhas, as Yatais, onde os japoneses se alimentavam rapidamente. Foi nesta altura que os nigiri (as bolinhas de arroz com o peixe por cima) ganharam popularidade.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, muitos sushiman (os cozinheiros de sushi) fugiram da cidade, voltaram às suas origens e espalharam a iguaria pelo país do sol nascente. Foi já nos anos 80 que com uma ajuda norte-americana, se deu a globalização do sushi.
O sushi tem várias formas de ser degustado. Há o sushi solto, numa tigela de arroz com vários pedaços de peixe diferentes, há os nigiris e há os makis (rolos): os hosomaki (com a alga nori por fora), os urumakis (com o arroz por fora) e os temakis, que significa literalmente rolo de mão. Estes são os cones.
Para distinguir o sushi do sashimi, é fácil: se tiver arroz é sushi.
Para preparar uma refeição de sushi, desengane-se se pensa que é difícil e que não tem jeito. O principal é ter tempo, cozinhar com calma e ter muita atenção aos pormenores, enquanto vai conversando com os convidados e enquanto os põe também a trabalhar.
Para os japoneses, as decorações dos pratos são um dos pontos importantes da refeição. O sushi surgirá naturalmente no prato entre patas de dragão, flores e leques ou borboletas. A parte difícil chega com o peixe, que precisa de cortes certos para apanhar apenas os melhores lombos, mas sem haver desperdícios. Depois é só montar o sushi nas suas variadas formas.
Os japoneses muitas vezes optam apenas por levar os pratos com os peixes, frutas e vegetais para a mesa. Depois, cada um monta o sushi com os seus sabores preferidos….
À mesa, nunca pense em utilizar talheres! O sushi come-se com pauzinhos e em alguns casos, à mão. Os japoneses vêem como falta de educação deixar molho de soja no fim da refeição e, nos nigiris, por exemplo, molham apenas a parte do peixe.
O conhecido wasabi é feito a partir de raiz de rábano e os japoneses colocam-no sempre quando o sushi é feito, entre o arroz e o peixe. Quanto ao gengibre, é usado para limpar o paladar, normalmente entre peixes de sabor forte, para que estes não se misturem na boca.
O sushi é tido como uma comida saudável porque não recorrer a qualquer tipo de gordura. O único defeito será mesmo não usar maionese…
Com tudo isto, resta desejar aos viajantes… bom apetite!