O que dizer quando na Noruega um lunático mata, sem dó nem piedade, 96 pessoas, alegando uma pretensa limpeza racial da Noruega e da Europa?
O que dizer quando uma miúda de 27 anos, cheia de sucesso, com um vozeirão como ninguém, com tudo para ser uma diva musical, se auto-destruiu e não aguentou o sucesso, a fama, as luzes da ribalta?
O que dizer deste fim-de-semana de tragédia e horror?
Está tudo louco!... é o que apetece dizer.
Num país como a Noruega, pacífico, conhecido pelo prémio Nobel, pelo bacalhau e pelo frio, mas também, pela paz, um louco varrido decidiu promover uma chacina em nome de um ideal xenófobo, não se importando de ser apelidado de "o pior monstro a seguir à IIª Guerra Mundial". Se agiu sozinho, ou com cúmplices, não interessa. O que interessa, o que importa saber, o que preocupa, é o motivo que está na base de tal atrocidade. Há muito que não se sentia um clima de medo na Europa, desde os atentados de Londres e de Madrid. Mas se nesses se culpabilizava os terroristas islâmicos, fanáticos religiosos, agora, o choque maior deriva do facto de ter sido um dos "nossos" a perpetrar tal coisa. Um Europeu, não ligado a nenhuma Al-Quaeda, a nenhum fanatismo religioso ou terrorismo islâmico. Agora, já não se pode apontar o dedo aos árabes, aos muçulmanos, a todos os que vivem no médio-oriente. Agora, acabam os pensamentos racistas, xenófobos sobre um povo ou uma cultura, porque, agora, nos apercebemos que monstruosidades podem ser feitas por qualquer um, inclusivamente, um branquela louco!
Este duplo atentado vai deixar muitas marcas profundas na Noruega e no mundo ocidental. R.I.P. todos os noruegueses que pereceram nesta loucura...
Mas o fim-de-semana traria também a notícia da morte de Amy Winehouse. Ms. Brown não pode dizer que tenha ficado totalmente chocada porque a sua morte parecia algo que já se antevia há muito (infelizmente!). Ms. Brown foi uma das milhares de pessoas que assistiu ao concerto deplorável de Amy Winehouse no Rock in Rio de 2008, e já nessa altura pode ver o estado degradado da cantora. Bêbada, drogada, quase não se aguentava em pé, saiu do palco, caiu no palco, não se lembrava das letras, a sua voz arrastava-se... não fora os back vocals e a banda de apoio e teria sido um completo desastre!
Mas como se chega a este estado? Amy Winehouse tinha tudo para singrar no showbizz. Um vozeirão como ninguém, um produtor famoso (E bom), uma editora que a apoiava, músicas potentes, com letras fantásticas, porque é que se deixou enredar por um vida de droga e álcool? Seria assim tão frágil para não aguentar a fama?
Mais uma cantora entra no "clube dos 27", no clube daqueles cujo mote de vida era viver depressa, intensamente e morrer jovem!
R.I.P. Amy!